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O amor e a ousadia política

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  “Quem quer viver um amor Mas não quer suas marcas Qualquer cicatriz A ilusão do amor Não é risco na areia É desenho de giz.”     João Bosco e Abel Silva   Pensar o amor nos tempos atuais requer compreender o que conceito efetivamente abriga.   E, nesse esforço de compreensão, nota-se que o mito do amor romântico ainda povoa o nosso imaginário como um modelo a ser alcançado. Ainda hoje, os nossos afetos são cotidianamente embalados como produtos prêt-à-porter que devem ser ajustados   aos ideais de amor puro de Rousseau, ou   emocional decantado por   Shakespeare.   A vivência amorosa foi aos poucos retirada da esfera íntima para ser vivida em público e, se possível nas timelines das redes sociais. Desse ponto de vista, não basta viver uma experiência amorosa efetiva, mas é preciso exibir as suas evidências na cena pública como condição sine qua non do sucesso e da felicidade.   Crescemos reiterando que as escolhas afetivas não eram, ou pelos menos

O ponto de bondade

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Hoje ouvi  uma chefe de cozinha falar em "perder o ponto de bondade". O enredo era a comida que tinha um ponto de bondade e eu fiquei até lá salivando em pensar "no ponto de bondade" de um risoto de pitanga, Ai meu Deus que delícia! Comi com os ouvidos e olhos. A ideia de haver ponto de bondade nas coisas me colocou em reflexão. Teria eu tal ponto, ou às vezes, erro a mão na bondade.  O Houaiss diz que bondade é " qualidade de quem tem alma nobre e generosa, é sensível aos males do próximo e naturalmente inclinado a fazer o bem". Ainda nessa semana tive lindas demonstrações de que a bondade vale a pena e algumas em que tive uma grande vontade de perder o ponto, ou melhor, azedar! Bondade tem limite e ponto final e de exclamação! Vou tomar  um suco de pitanga para apurrar o sentido do ponto de bondade e pedirei  a São Jorge o seu dragão para os casos em que eu passar do ponto, afinal, nunca se sabe!!!.